quarta-feira, 9 de julho de 2014

Lições de uma Copa



Tristeza do coração estampada  no rosto do brasileiro.  O pais do futebol, no pais do futebol, sai cabisbaixo do gramado. Não foi uma derrota qualquer. Foram 7 gols.

O que houve, afinal, para conseguirmos, para merecermos esse resultado? 

Não podemos nos contentar com o reducionismo  da resposta de que Neymar não estava jogando, de que o moral dos jogadores estava em baixa. Não podemos sentar na sarjeta e desfiar justificativas tão simplórias, porque, além de perdedores do jogo - muito pior - seriamos perdedores na vida. 

Gosto de aprender com tudo o que me ocorre. Principalmente com os momentos difíceis. E este é um. 

O que vimos em campo, estarrecidos? Jogadores atuando amadoristicamente, completamente perdidos em campo, improvisando de forma equivocada, diante de um gigante do futebol, profissionais da bola. E todos são pagos para jogar, profissionalmente. 

O que vimos? A tradição - Brasil, Pais do Futebol - ser vencida pela organização, pelo planejamento, pelo trabalho conjunto,  pela competência de grupo, pela constância da capacitação.  

A tradição, então, serve para quê? Para ser raiz de uma árvore que precisa de cuidados permanentes. Para dar sustento a uma história que acontece no presente. 

A paixão pelo futebol continua, sim, fazendo parte do povo brasileiro, continua, sim, sendo uma característica brasileira. Mas precisamos, sim, e urgentemente, amadurecer. Unir emoção e razão. Coração e pensamento. 

Esta é a lição maior que devemos aprender com nossos mestres alemães. É a lição que devemos trazer em nossa bagagem. Lição que não se encaixa somente no futebol. 

Ainda temos um jogo a ser jogado. Que ele seja restaurador. 

sábado, 28 de junho de 2014

NA COPA DA EDUCAÇÃO O LIVRO É O GRANDE ARTILHEIRO


Em tempos de Copa do Mundo, tenho lido artigos e comentários mostrando o contraste do Brasil quando se pensa em futebol e educação.  Muitos destacam a quantidade de craques do futebol e a falta de craques da educação e da literatura.

A paixão pelo futebol nos caracteriza como povo. Acho linda essa manifestação popular brasileira! Faz parte da nossa cultura. Algum problema? Nenhum, a meu ver. 

Além disso, o futebol gera riqueza. Realmente, muita riqueza. E faz girar a economia, tanto aquela diretamente ligada ao próprio futebol como a que está à sua volta: comerciantes diversos, ambulantes, hotelaria, restaurantes, entre outros.

Agora, pensemos na educação. COMO criar paixão nas crianças, nos jovens, nos adultos? COMO transformar essa paixão e a manifestação dessa paixão em permanentes? COMO construir amor aos livros? COMO implantar esse valor em nossa vida, na cultura brasileira? COMO fazer vibrar? 

Mais.  COMO implantar essa paixão, a ponto de transformá-la em característica de nosso povo,  se uma parcela significativa da população precisa  lutar desesperadamente pela sobrevivência? Aqui também uma grande diferença. A paixão pelo futebol ameniza o cansaço da luta. 

Pensemos juntos. Vamos agir. A resposta a todos os COMO não é uma só. Vamos trabalhar aqui, pelo Distrito Federal. 

Para algumas pessoas é possível comprar livrose colocá-los nos berços de suas crianças. Vamos estimular esse hábito. Para algumas pessoas é possível deixar livros de literatura em locais próprios, nos pontos de ônibus, em praças, em estações de metrô. Nas prisões, pode-se ter como tarefa a leitura de livros como redutor de pena. Pode fazer parte da tarefa de cuidador de idosos a leitura de livros. 

No Distrito Federal, implantamos e mantemos a cultura de respeito pelo pedestre ao atravessar a rua na faixa própria. Podemos, sim, implantar e manter o respeito e amor aos livros, a paixão pela educação. 

É construção a muitas mãos. 

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Defensoria Pública para todos


Na sessão de 20 de maio, o Senado aprovou a Emenda Constitucional que classifica a Defensoria Pública como instituição permanente e fixa o prazo de 8 anos para que a União, os Estados e o Distrito Federal providenciem defensores públicos em todo seu território e não apenas nas grandes cidades, facilitando, assim, o acesso à Justiça. 

A Defensoria Pública tem como função principal prestar assistência jurídica integral e gratuita às pessoas que não podem pagar pelos serviços de um advogado.

Este é mais um passo na consolidação da democracia, da igualdade e da construção de uma sociedade mais justa e solidária. 
                                              Crédito: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto da sessão de aprovação da PEC da Defensoria para todos, 
com senadores e representantes da categoria.


quinta-feira, 15 de maio de 2014

13 de Maio de 1888 / 13 de Maio de 2014


A 13 de maio de 1888 foi oficialmente abolida a escravidão no Brasil. Um passo importante, certamente, no sentido da liberdade.

Mas até hoje essa libertação ainda não é completa. Os tempos seguintes não foram nada fáceis para os ex-escravos. O Estado brasileiro não se preocupou em oferecer a eles condições de serem integrados no mercado de trabalho; a elite continuou com o preconceito. Sem formação escolar ou profissão definida, a emancipação jurídica não veio acompanhada de promoção da cidadania. Muito menos de ascensão social.

Passados todos esses anos, ainda se busca a libertação da escravatura. A proposta de emenda à Constituição nº 57-A,  - pasmem! – de 1999, propõe colocar na Constituição brasileira a punição ao trabalho escravo, à exploração da mão-de-obra de negros, brancos, amarelos que, obrigados a prestar serviço sem receber pagamento ou recebendo pagamento tão insuficiente para suas necessidades, acabam forçados a trabalhar para quitar dívidas. Estima-se que, no mundo, exista certa de 20 milhões de pessoas escravizadas; 200 mil só no Brasil.

No século XIX, a abolição da escravatura acabou levando ao nascimento da república.

E agora, para onde caminhará nossa sociedade com o fim da escravatura contemporânea? 

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Mobilidade Urbana - soluções que se completam



Esta semana, 5 de maio, foi aberta ao público a via expressa que passa sob o “Balão do Aeroporto”. Esse caminho é utilizado por todos que vão para o aeroporto, moradores do Núcleo Bandeirante, Park Way e por quem vem a Brasília pela BR 040. A população das cidades de Valparaíso, Cidade Ocidental, Gama e Santa Maria, que sofriam com a perda de tempo em congestionamentos, indo e vindo do trabalho, agora, poderão ter mais tempo livre.

Claudia Lyra e o vice-governador Tadeu Filipeli
Sabemos bem que Mobilidade Urbana, hoje, é um assunto que precisa cada vez mais de atenção. Que não mais apenas os cidadãos das grandes cidades enfrentam problemas no ir e vir. Sabemos também que problemas dessa natureza não são resolvidos com uma única ação. 

Obras como esta fazem parte da solução, ao lado de outras iniciativas que envolvem:

  • utilização de diferentes formas de transporte e a integração entre eles;
  • opções de locais de estacionamento sem ferir o urbanismo;
  • preços de passagens e a integração dos bilhetes nos diferentes meios de transporte;
  • subsídio para quem necessita;
  • utilização de novas tecnologias no controle do trânsito;
  • relação mais pacífica entre pedestres e veículos nas ruas.

As soluções se completam e precisam ser pensadas de forma integral e integrada. Assim, nossa participação, dizendo o que entendemos fazer parte da solução é imprescindível.